julho 2021 ENTREVISTA 17 que são mercados de aposta de longo prazo. As empresas portuguesas nestes países têm re- lações perenes, estáveis e que é preciso man- ter, independentemente dos ciclos económicos de cada país. Para valorizar a ação no espaço CPLP, gostaria de destacar o Fórum das Agên- cias, que nos permite coordenar de forma ins- titucional a ação e a partilha de experiências entre agências de cada país, visando gerar uma dinâmica económica neste espaço. A AICEP, em consonância com as políticas da União Europeia e do governo portu- guês, tem vindo a trabalhar na transforma- ção digital da Agência. Qual o “estado da arte” deste processo e quais as vantagens que irá ter para as empresas? O processo de transformação digital da AICEP está em desenvolvimento. A nossa aposta no digital foi positiva e tem merecido a adesão por parte das empresas e das associações empre- sariais. Mas como introduzimos um conjunto de exigências novas, nomeadamente a nível da Inteligência Artificial (IA), em todos os ser- viços que iremos disponibilizar, é um processo complexo e algo moroso. O programa contém agora novas funcionalidades que entraram já em pipeline , mas pretendemos concluir, ainda este ano, uma fatia significativa do que estava previsto no plano estratégico anterior. É impor- tante perceber que a exigência de ter novos ser- viços que assentam em IA, que são inovadores e personalizados ao perfil de cada empresa se mantém. Para além das funcionalidades anun- ciadas no passado, iremos ter novidades breve- mente, como o Otimizador do Investimento que a AICEP está a desenvolver com um conjunto de municípios. Outras funcionalidades serão de- senvolvidas nos próximos dois anos. sobre e-commerce tiveram uma grande ade- são por parte das empresas, pelo que esta vai continuar a ser uma grande aposta da AICEP. Iremos continuar a trabalhar no estabelecimen- to de parcerias com os marketplaces , apro- fundar o recomendador de marketplaces que temos no Portugal Exporta, e a ferramenta de Diagnóstico E-Commerce que ajuda as empre- sas a iniciarem-se na exportação online . Vamos continuar a intensificar a informação aprofun- dada, bem como desenvolver mais programas de capacitação com foco no digital, nas expor- tações online e novas macrotendências, alguns em parceria com universidades. Também temos medidas para melhorar a nossa qualidade de serviço. Em primeiro lugar, quere- mos apoiar a internacionalização de startups , através de um programa estruturado – o “Con- necting Links” – para potenciar a ligação entre startups e grandes empresas, seja para efeitos de investimento seja para rede de compras. Teremos também o programa “AICEP Export Together”, numa lógica de acompanhamento à internacionalização, aprofundada por setor, em determinados mercados ou marketplaces . A ideia é apoiar as Fileiras a apresentarem-se Quais as medidas da AICEP para incremen- tar o apoio às empresas portuguesas em termos de capacitação? É nosso objetivo dinamizar as exportações online . Uma medida que já constava do pla- no anterior, mas que ganhou uma dimensão completamente diferente nesta conjuntura de pandemia, em que pudemos observar a impor- tância das exportações online . Se dúvidas havia em 2018, quando a AICEP começou a apresen- tar soluções digitais, como o Programa Expor- tar Online, e a colocar o tema na agenda, hoje já ninguém tem dúvidas. Todas as iniciativas
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