18 ENTREVISTA Portugalglobal nº144 internacionalmente de forma conjugada, com várias empresas sob um mesmo mote, tal como fizemos este ano com a campanha MADE IN PORTUGAL naturally , para aumentar a perce- ção da qualidade portuguesa no exterior. Ainda na área da capacitação, vamos aumentar significativamente o portefólio das atividades de capacitação. A Academia Internacionalizar é agora a Academia AICEP e vamos ter uma oferta de formação mais alargada, com novas ferramentas, webinars , cursos online , etc. Uma das medidas referidas no PEA é a cria- ção de uma Plataforma Digital de Promo- ção das Fileiras setoriais. Quer detalhar? A AICEP vai lançar uma Plataforma Digital de Promoção das Fileiras que tem como objetivo permitir às empresas e Associações dos diferen- tes setores fazer exposições e showrooms vir- tuais para promover os seus produtos. Havemos de voltar às feiras físicas, mas os showrooms virtuais também têm vantagens e criam opor- tunidades para as empresas, pelo que poderão ser sempre duas vertentes complementares. Esta plataforma criada pela AICEP, que ajuda- rá a montar os eventos e acompanhará todo o processo, vai permitir uma promoção de forma coordenada e, assim, mais eficiente. O programa de estágios internacionais INOV Contacto vai manter-se como um produto de excelência da AICEP? Devido à pandemia, o programa INOV Con- tacto teve de ser recalendarizado, mas iremos brevemente anunciar a realização da 25ª edi- ção deste programa. Estamos a definir um novo formato para o programa, adaptando-o para que se possa adequar o mais possível às atuais circunstâncias, tanto na perspetiva dos jovens estagiários como das empresas. Assim, iremos analisar as principais valências da plata- forma do INOV – que pode ser potenciada –, ver quais as ferramentas que têm mais valor, seja para os estagiários seja para as empresas, e depois definiremos novos formatos de atua- ção para a plataforma do INOV Contacto. Igualmente com o objetivo de aumentar a perceção externa de Portugal e dos pro- dutos portugueses, a AICEP está a traba- lhar, em conjunto com associações e outros agentes da sociedade civil, na criação da Marca Portugal. Para quando os resultados deste trabalho? Esta é uma medida que gostaria de destacar. Pensamos que chegou a altura de trabalhar a Marca Portugal de forma diferente. Sabemos que os compradores profissionais já têm a per- ceção de que “o que é português é bom” – essa é uma enorme vitória das empresas por- tuguesas –, mas temos de trabalhar esta noto- riedade junto do consumidor final. Os fatores competitivos de Portugal mudaram nos últi- mos anos e, com o atual conhecimento, qual é o posicionamento que Portugal pode assumir como Marca e que o consumidor externo re- conheça ser português? Neste contexto, que- remos definir os atributos da Marca Portugal, alicerçar a marca num conjunto de valores e dar coerência às ações de promoção externa do país e dos vários setores económicos. Nesse sentido, em sintonia com o que acordá- mos com o Conselho Consultivo para a Marca Portugal, temos vindo a fazer uma audiência a um universo alargado de stakeholders da so- ciedade civil, seja a pensadores, associações, a empresas ou a investidores. E em setembro faremos uma Conferência que será o culminar desse trabalho, para estruturar um conjunto de ideias. Três meses depois, apresentaremos um plano para que se possa começar a trabalhar a Marca Portugal. Este é um projeto para uma década, que irá ser coordenado pela AICEP, mas é uma iniciativa transversal para trabalhar de forma padronizada e com objetivos concretos. Quais as perspetivas para este ano no que respeita às exportações e à captação de investimento? O crescimento das exportações será positivo este ano, embora ainda não saibamos em que medida, dada a incerteza sobre a possíveis pe- ríodos de confinamento nos mercados externos, que podem impactar diretamente as mesmas. Mas não nos podemos esquecer que 2021 é um ano de recuperação e ainda não de conquista! Em relação ao investimento em Portugal acom- panhado pela AICEP, posso dizer que, nesta fase, temos a expectativa de que será também um ano positivo, mas só poderemos ter uma perceção exata no final do ano.
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