abril 2021 ENTREVISTA 17 A aicep Global Parques concentra 80 por cento da sua atividade na ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines, localização única no país para certas tipologias e dimensões de investimentos em indústria, logística, energia e TIC. A estratégia da empresa para Sines dá prioridade aos investimentos nas transições energética e digital. Como defende Filipe Costa, CEO da aicep Global Parques, o objetivo principal é que o Complexo Portuário, Logístico e Industrial de Sines, fruto dos vários investimentos em curso, cresça como plataforma logística transcontinental e europeia, facilitando cada vez mais as exportações nacionais. Quais são os principais projetos em desenvolvimento pela aicep Global Parques? Os principais projetos são os das transições energética e digital na ZILS - Zona Industrial e Logística de Sines, a maior Área de Localização Empresarial de Portugal e que é gerida pela aicep Global Parques. Na transição energética temos a emergência do cluster de hidrogénio, que tem potencial para impulsionar reforços de investimento das indústrias refinadora e petroquímica já em presença e, sinergeticamente, atrair nova indústria química. Na transição digital estamos a promover o nosso novo produto Sines Tech – Innovation & Data Center Hub junto de empresas de telecomunicações, com vista à instalação de estações de amarração de cabos transoceânicos; e das tecnologias de informação, procurando atrair centros de dados. É nossa prioridade expandir a área da ZILS. Estamos com uma taxa de ocupação de 69 por cento, entre as áreas efetivamente ocupadas e as reservadas por dois novos grandes projetos PIN. Se adicionarmos a área por nós alocada ao Sines Tech, para futuros projetos de tecnologias da informação e comunicação, por um lado, e a área legalmente reservada para apoio do crescimento do porto de Sines, a ZAL Sines – Zona de Atividades Logísticas, está já comprometida 85 por cento da atual área sob nossa gestão. A ZILS tem hoje 2.375 hectares de um potencial de 4.157 no seu Plano de Urbanização, terrenos de expansão que importa convocar para, desde logo, responder aos já seis projetos de H2 que são parte do respetivo IPCEI (Projeto Importante de Interesse Europeu Comum para o Hidrogénio). Como empresa queremos continuar a crescer em 2021, superando o volume de negócios e o resultado líquido de 2020. Aproveito para anunciar que em 2020 registamos um crescimento de 3,7 por cento no volume de negócios, face a 2019, e um aumento de 14,4 por cento no resultado líquido, com aumento das taxas de ocupação em todos os parques empresariais geridos pela aicep Global Parques. Sines tem sido uma das grandes apostas da aicep Global Parques. Pode detalhar sucintamente em que consiste essa aposta e qual a sua importância não só para a empresa, mas também para a economia local e nacional? Sines é de facto, com toda a naturalidade, a grande aposta da aicep Global Parques, que é, aliás, uma empresa com sede em Sines e para a qual a Zona Industrial e Logística de Sines representa 80 por cento da sua própria atividade. Mas é uma aposta sobretudo porque o Complexo Portuário, Logístico e Industrial de Sines é um motor do desenvolvimento e da internacionalização da economia nacional. É a nossa principal porta de comércio internacional, que garante o nosso acesso aos mercados terceiro, extracomunitários. É também o polo que abastece Portugal de gás natural, combustíveis e matérias-primas para a indústria transformadora do plástico, indispensável para os prin-
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