20 | Pg | destaque Cutipol Tradição portuguesa ao gosto japonês Reconhecida globalmente pela qualidade e sofisticação do seu design , inspirado na tradição da cutelaria portuguesa, em especial na região do Minho, a Cutipol tem já mais de 60 anos de história. A grande diferença horária e os 11.000 quilómetros de distância não impediram a empresa de ter uma forte presença no Japão e de aliar a tradição portuguesa ao gosto japonês. É quase impossível falar do caminho per- corrido pela Cutipol, desde que foi fun- dada em 1963, sem passar por terras ni- pónicas. “O Japão tornou-se, ao longo dos anos, o nosso principal mercado, com uma notorieda- de da marca que cresce de forma consistente”, afirma João Pedro Ribeiro, gestor da Cutipol. A exigência do mercado contribuiu para a melhoria dos processos internos da empresa, com reflexo em toda a operação internacional. “Essa pressão constante ajudou-nos a melho- rar processos, ganhar robustez e confiança, não só para operar no Japão, mas para enfren- tar qualquer mercado internacional”, adianta. O reconhecimento alcançado neste país tam- bém facilitou a entrada e afirmação da marca noutros mercados, reforçando a sua imagem como produto premium sob o lema “The sha- pe of tomorrow’s cuisine”. É esse o propósito da empresa, criar as formas que vão moldar as cozinhas do futuro. Fora do Japão, os Estados Unidos, Coreia do Sul, Taiwan e vários países europeus conti- nuam a ser mercados importantes para a em- presa, que nos últimos tempos tem registado um forte crescimento no canal HORECA na Eu- ropa e também no Médio Oriente. A exportação representa de 90 por cento da sua atividade e o Japão continua a ser o prin- cipal mercado, uma vez que está presente em mais de 380 pontos de venda em território ja- ponês. "O Japão representa um mercado es- tratégico de elevada exigência, onde o design , o detalhe e o respeito pelos direitos de autor são profundamente valorizados, valores que estão no centro da identidade da Cutipol”, afir- ma o gestor da empresa. A entrada da Cutipol no mercado japonês deu- -se na sequência da crise de 2008, quando a empresa centrou os seus esforços na inter- nacionalização. A estratégia passou por es- tabelecer parcerias com agentes locais que compreendessem o posicionamento da marca e valorizassem o design português. "Trabalhá- mos com parceiros locais que compreenderam o nosso posicionamento, valorizavam o design português e investiram fortemente em canais de especialidade para lançar a marca", explica João Pedro Ribeiro. Ao longo do processo de internacionalização a empresa enfrentou desafios significativos, nomeadamente a necessidade de responder a um padrão de exigência elevado em termos de produtos, serviços e prazos. A adaptação ao mercado japonês exigiu alterações espe- cíficas nos produtos. As dimensões foram ajustadas e as peças adaptadas aos hábitos locais. A atenção ao detalhe, os elevados pa- drões de qualidade e o rigor logístico foram aspetos determinantes. As visitas de clientes
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