setembro 2024 DESTAQUE 19 Com espírito inovador, Leonor Freitas introduziu uma grande diversidade de castas na Casa Ermelinda Freitas e na região, o que foi uma aposta de su- cesso. O resultado foi a produção de vinhos diferenciadores, amplamente reconhecidos, que já foram distingui- dos com mais de 2.000 prémios na- cionais e internacionais. A Casa Ermelinda Freitas tem acu- mulado vários prémios ao longo dos anos. Um momento notável foi quando o Syrah 2005 foi conside- rado o melhor vinho tinto na edição de 2008 do Vinailes Internacionales. Em 2014, alcançou o 36º lugar no ranking Top 100 Wines Of The World com o Moscatel de Setúbal Superior 2013, e o vinho Leo D’Honor 2008 foi listado como um dos 30 melhores vi- nhos portugueses pela revista Vinhos. Nesse mesmo ano, venceu o prémio de melhor empresa pela mesma re- vista, obteve o 26º lugar no ranking da World Association Of Writers And Journalists Of Wines And Spirits, e re- cebeu o prémio PME Excelência pelo terceiro ano consecutivo. Em 2019 e 2020, foi considerada o melhor Pro- dutor Europeu do Ano no Reino Uni- do pela Sommelier Wine Association. O percurso da Casa Ermelinda Frei- tas tem sido repleto de desafios, tais como a constante inovação, afirma- ção e dinamização da região, a plan- tação de novas castas, muitas vezes considerada uma autêntica revolução ou a construção de um centro de vi- nificação de grande dimensão e com a tecnologia mais inovadora. De igual forma trabalhámos sempre na ótica de ultrapassar as dificuldades do PDM (licenciamentos). A Casa Ermelinda Freitas compra uvas a cerca de uma centena de produtores da região e produz mais de 20 milhões de litros ano. Segundo Leonor Freitas, os maiores e mais frequentes desafios estão relacionados com a comercia- lização e a conquista de espaço no mercado. Mas a Casa Ermelinda Frei- tas tem evoluído de forma equilibrada e é atualmente uma das adegas mais representativas da região e do país. “Temos tido um papel importante jun- to dos produtores da região, na certifi- cação das uvas para DOC e IGP”. Um dos objetivos passa agora pela consolidação da marca Ermelinda em mercados como o Brasil, Reino Unido e Estados Unidos da América. Leonor Freitas sublinha ainda a constante ino- vação em novas linhas de vinhos e o desenvolvimento da produção nas no- vas quintas, a Quinta do Minho nos Vinhos Verdes e a Quinta de Canivães no Douro. Em 2018, com a aquisição da Quinta de Canivães, Leonor Freitas concreti- zou um sonho de ter uma quinta no Douro. É uma quinta antiga que se lo- caliza na margem esquerda do Douro, perto de Vila Nova de Foz Côa, anti- gamente conhecida como "Quinta do Porto Velho". Com 50 hectares, pos- sui 20 hectares de vinha de diversas idades, composta pelas mais nobres castas tintas, e 4,5 hectares de olival de onde se obtém azeite e elevadíssi- ma qualidade. Já a Quinta do Minho, na região dos Vinhos Verdes, tem 40 hectares e fica localizada em Póvoa do Lanhoso, per- to de Braga, tendo resultado da fusão, em 1990, de duas das mais antigas quintas ali existentes: Quinta do Bárrio e a Quinta da Pedreira. Com um ter- roir típico do alto Minho, o seu vinho elegante e fresco tem por base a casta Loureiro, rainha desta região. Para Leonor Freitas, é o mercado que dita a qualidade do produto e a Casa Ermelinda Freitas tem feito esse cami- nho, sobretudo ao longo das últimas três décadas. ermelindafreitas.pt
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