30 DESTAQUE Portugalglobal nº175 Flatlantic Construir em Mira a aquacultura do futuro Da Flatlantic, em Mira, saem todos os anos cerca de 3.500 toneladas de pregado e linguado, mas o objetivo é chegar em breve às 6.000 toneladas. A empresa duplicou o seu volume de negócios nos últimos seis anos e tem como principais mercados Espanha, Itália, França e Holanda. A Flatfish Village que a Flatlantic criou em Mira é a maior piscicultura nacional especializada em pregado e linguado. É “ ter o mar em casa ” para produzir peixe com elevados padrões de bem- -estar animal e sustentabilidade, e com a água do Oceano Atlântico. Atualmente a Flatlantic contribui com mais de 50 por cento do volume de peixes marinhos produzidos em Por- tugal, segundo dados do Instituto nacional de Estatística (INE) e da Dire- ção-Geral de Recursos Naturais, Segu- rança e Serviços Marítimos (DGRM). Contribui, por isso, para o desenvol- vimento não só do setor aquícola Na- cional, mas também do tecido empre- sarial regional, nomeadamente para o superavit da balança comercial de bens da Região, por ser uma empre- sa essencialmente exportadora para o mercado europeu. “ Os bons resultados operacionais e a estratégia sustentada de crescimento têm motivado vários investimentos de expansão e de melhoria operacional e de indicadores de sustentabilidade, como é o caso da gestão da alimenta- ção dos peixes e da produção de ener- gia para autoconsumo, promovendo a redução da pegada de carbono da sua atividade ”, sublinha Renata Serradeiro, CEO da Flatlantic. Paralelamente, fruto da dimensão e motivação para a constante melhoria do processo produtivo, a empresa tem desenvolvido um conjunto de ativida- des de investigação, desenvolvimento e inovação (IDI). Os investimentos mais relevantes da empresa estão relaciona- dos com a construção de uma mater- nidade para a produção de juvenis de pregado e linguado e a construção de uma unidade de engorda de linguado em sistema de recirculação de água e na gestão da alimentação dos peixes. Muitas destas atividades foram rea- lizadas em consórcios de projetos financiados no âmbito do QREN, H2020, PT2020, e Crescimento Azul e promoveram a criação de uma rede de colaboração com stakeholders re- levantes no setor, nomeadamente nos setores privado e académico, a nível nacional e europeu. “ Este percurso tem permitido à empresa afirmar-se como promotora de práticas de inova- ção e identificar diversas necessidades tecnológicas transversais a toda a ca- deia de valor e centradas na economia circular, nutrição animal, ambiente, saúde e bem-estar animal ”, adianta Renata Serradeiro. Colmatar as fragilidades existentes ao longo da cadeia de valor irá contribuir para acelerar a transformação do se- tor e das empresas que nele atuam, considera a CEO da Flatlantic. Neste sentido, a empresa está a liderar um consórcio, o FutureFISH.pt – Inovação para a aquacultura do futuro, que pretende contribuir para o desenvol- vimento do setor aquícola do país, ao introduzir no mercado melhorias ou inovações relativas a produtos, servi- ços e processos que visem melhorar a eficiência e rentabilidade da atividade aquícola na sua globalidade. “ Este projeto irá tirar partido de um ecossis- tema alargado de parceiros, alicerçado num histórico de parcerias comerciais e académicas bem-sucedidas, e com capacidade de desenvolver a cadeia de valor do setor ”, adianta Renata Serradeiro. As sinergias que o projeto irá criar permitirão reforçar a competi- tividade das empresas do consórcio no mercado nacional e internacional. www.flatlantic.pt
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