janeiro 2024 DESTAQUE 15 AFIA Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel EMPRESAS PRODUTORAS DE COMPONENTES AUTOMÓVEIS As empresas produtoras de componentes automóveis têm registado um crescimento de 4 por cento ao ano, esperando a AFIA que em 2024 se aposte em políticas económicas focadas na competitividade do setor. A indústria portuguesa de componen- tes automóveis tem mostrado um po- tencial capaz de ultrapassar dificulda- des exógenas ao nosso país e à nossa economia, mas também tem sabido ultrapassar os obstáculos promovidos internamente, como mostra o compor- tamento e a evolução desta Indústria, promovido pelas empresas, empresá- rios e empresárias, homens e mulheres que trabalham comprometidamente para manter níveis de desempenho que têm garantido, nos últimos dez anos, um nível de competitividade que assegura o crescimento da produção, das vendas de componentes à indústria automóvel global. Não tem sido crescer por força do volume, por termos preços mais baixos, por oferecer soluções com a combinação do fácil com custos de mão de obra baixos, pelo contrário, a intensidade tecnológica tem aumenta- do, bem como os níveis de produtivida- de e a integração nas cadeias de valor >POR JOSÉ COUTO , PRESIDENTE DA AFIA melhorou significativamente. É nesse caminho que queremos continuar. O high light da AFIA – 98 por cento dos veículos automóveis construídos na Eu- ropa têm uma ou mais componentes fabricadas em Portugal – espelha um perfil e as características das empresas nacionais, um potencial adaptativo, uma capacidade de aceitar desafios e de resolver dificuldades, mas demons- tra um trabalho de afirmar vantagens diferenciadoras, que são percebidas por os nossos clientes – a ambição das empresas em quererem ser competiti- vas e competirem com os melhores. As empresas produtoras de compo- nentes automóveis têm mantido um crescimento de 4 por cento ao ano nos últimos cinco anos, enquanto a Europa diminui a produção auto- móvel em 8 por cento no mesmo período, e até setembro de 2023 as vendas aumentaram em 16 por cen- to. Este facto, de crescer mais do que os mercados nossos clientes, é graças às competências dos colaboradores e dirigentes, ao permanente esforço de atualização de tecnologias, por- que procuramos a modernização e a resposta aos exigentes pressupostos da transição digital e carbónica à sus- tentabilidade industrial. Sabemos que o nosso principal mercado, a Europa, apresenta fragilidades e demasiadas perturbações que constituem riscos em termos políticos que têm condicio- nado a vida económica e as decisões das empresas. A indústria de compo- nentes espera a continuidade de um cenário complexo e desafiante. Mas a AFIA não pode deixar de referir que nem tudo depende das empresas e dos seus líderes. Depende também dos governos, dos governantes, em produ- zirem condições capazes para que as empresas possam competir ao mesmo nível dos seus concorrentes, depende da criação de infraestruturas adequa- das, na irradiação de obstáculos. Esperamos que em 2024 se possa ter políticas económicas focadas na com- petitividade, que beneficiarão o setor que tem promovido a I&D nacional, a qualificação e requalificação dos traba- lhadores, que tem níveis altíssimos de investimento em tecnologia, índices de digitalização acima da média e enor- mes avanços na diminuição da pegada carbónica, e atraiam investimento. https://afia.pt
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