dezembro 2023 DESTAQUE 11 Dos 17 ODS estabelecidos pela ONU, há seis que têm sido considerados prioritários para Portugal, centrados nomeadamente no talento e na edu- cação, na sustentabilidade das empre- sas ou nos oceanos. São eles o ODS 4 (Educação de Qualidade), ODS 5 (Igualdade de Género), ODS 9 (Indús- tria, Inovação e Infraestruturas), ODS 10 (Reduzir as Desigualdades), ODS 13 (Ação Climática) e ODS 14 (Pro- teger a Vida Marinha). De todas as prioridades definidas nestes objetivos, 54 por cento registaram uma evolu- ção positiva, muitos mantiveram-se na mesma e houve uma regressão em 14 por cento dos indicadores. Nas conclusões do Relatório Voluntá- rio Nacional são destacados progres- sos em áreas como a educação e ino- vação, nomeadamente o aumento da percentagem da conclusão do ensino secundário e superior, mas também um aumento da utilização da energia sustentável, uma melhoria das condi- ções de mobilidade ou da produção sustentável de bens alimentares. Apesar do desempenho acima da mé- dia em grande parte das áreas há, se- gundo uma análise recente do Tribu- nal de Contas sobre o cumprimento dos ODS, indicadores em que é ainda necessário reforçar a aposta, e muitos deles estão diretamente relacionados com as empresas. É o caso de áreas como a saúde de qualidade (ODS 3), da indústria, inovação e infraestrutu- ras, das cidades e comunidades sus- tentáveis (ODS 11) e da produção e consumo sustentáveis (ODS 12). Também o Instituto Nacional de Esta- tística analisou 170 indicadores para avaliar se Portugal está no bom ca- minho para atingir os ODS e as con- clusões, apresentadas no relatório “Objetivos de Desenvolvimento Sus- tentável. Agenda 2030 – Indicadores para Portugal: 2015-2022”, são fa- voráveis. Em 101 indicadores a evolu- ção é positiva e há 20 em que o país já alcançou as metas definidas para 2030. É o caso, por exemplo, das ta- xas de mortalidade materna e infantil, da qualidade da água para consumo humano ou da proporção de energias renováveis utilizadas, que ultrapassou os 34 por cento. A aposta na energia renovável levou a que Portugal ultrapassasse o objetivo estabelecido para 2020, de reduzir as emissões de gases com efeito de estu- fa de 18 a 23 por cento em relação a 2005, embora o país esteja ainda lon- ge da meta que é reduzir as emissões de 45 a 55 por cento até 2030. Há, no entanto, três ODS em que a evolução foi desfavorável. É o caso do ODS 5 (Igualdade de Género), do ODS 14 (Proteção da Vida Marinha) e ODS 15 (Proteger a Vida Terrestre), em que menos de metade dos indicadores re- gistaram uma evolução positiva. Já no ESG Index 2022, desenvolvido pela Global Risk Profile, Portugal regis- tou uma subida, de nono para quinto lugar em 2022. Este índice mede a evolução relacionada com o ESG ( En- vironment, Social, Governance ), e os riscos relacionados com o ambiente, os direitos humanos ou as condições de saúde e segurança em 183 países. Finlândia, Islândia e Noruega lideram esta tabela e a Suécia ficou em quarta posição. Mas os passos dados por Por- tugal no caminho da sustentabilidade levaram o país a alcançar o quinto lu- gar, com uma pontuação de 21.06, bastante acima da média europeia (29.45) e sobretudo da América do Norte (41.17) ou Ásia (48.17). Neste ranking , os Estados Unidos ficaram na 42ª posição e a China caiu 11 lugares, para 118º.
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