outubro 2022 DESTAQUE 13 Como queríamos implementar a marca e co- meçar a aparecer novamente, achei que esses dois handicaps seriam terríveis. Por isso, esta- belecemos portes, entregas e devoluções gra- tuitas e rápidas. Outro foi criarmos uma linha telefónica de apoio ao cliente, pois desta forma pode- mos tornar a experiencia da compra online mais personalizada. O nosso consultor aconselhou-nos a não fazer isso, porque podíamos ganhar dinheiro com a entrega rápida. Mas contrariando tudo o que nos foi dito, dis- se “Não, quem compra tem desejo” e a com- pra online é muitas vezes uma compra muito impulsiva e as pessoas querem receber o mais rápido possível. E eu sei que não foi só por isso que a loja acabou por ter algum sucesso, mas tudo isso ajudou, aliado a uma imagem muito moder- na, jovem e fresca. Na maior parte das empresas o marketing é o parente pobre, pelo menos nas pequenas e médias empresas. E nós fizemos ao contrário, olhámos para o marketing como uma peça absolutamente fundamental para podermos vir a ter algum sucesso. Contratámos um diretor criativo e a partir daí nada é feito na empresa sem o aval dele, na parte da imagem e comunicação. E como vê o apoio que a AICEP presta a estas empresas portuguesas que querem expandir e vender lá fora? Eu não trabalho diretamente com a AICEP, trabalho com a APICCAPS, que é uma asso- ciação e recebe os mesmos fundos, sendo um apoio fundamental. Eu digo sempre isto “Nós temos uma grande marca, mas somos uma pequena empresa” e todo o dinheiro é necessário. Os apoios que nos têm dado a nível digital, a nível de media e de campanhas tem sido fundamental. Sem isso provavelmente não estaríamos onde estamos. Quais são os próximos passos? Já demos alguns. Criámos duas pop-ups, no El Corte Inglés em Lisboa e no El Corte Inglés no Porto. E estamos a expandir a nossa rede de agentes e lojas offline . A altura da pandemia foi um susto terrível, porque íamos entregar a coleção de primavera-verão e foi tudo anula- do. Com o lockdown não havia hipótese e isso José Egipto Magalhães, administrador da Sanjo atrasou-nos muito a abertura das redes. Felizmente as coisas já estão a normalizar e já temos mais de 115 pontos de rede em Portugal, sendo que estamos também a criar lojas em Espanha. Aproveitando o facto de em 2023 a marca fa- zer a bonita idade de 90 anos, vamos lançar uma coleção de criança, para desta forma tentar perpetuar a marca por mais 90 anos. O próximo passo é trabalhar o mercado espa- nhol, já contratamos uma assessoria de im- prensa em Espanha, temos agentes no local e vamos reforçar o media pago. Espanha é um mercado enorme e devido à proximidade há muitas coisas que podemos aproveitar, como a entrega mais rápida e mais barata. Vamos experimentar agora com esta coleção de ou- tono-inverno. Pensam explorar outros mercados? Neste momento temos agentes em Itália, Is- rael, Sérvia e França. Por exemplo, o agente em França ainda não fez encomendas, mas enviámos-lhe recentemente a coleção de pri- mavera-verão de 2023, uma coleção especial de celebração dos 90 anos que conta com campanhas próprias. Este agente tem dado um feedback positivo, tendo já vendido a três clientes. Ainda não te- mos encomendas nem algo palpável, mas as intenções são muito boas. www.sanjo.pt
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