setembro 2022 DESTAQUE 13 tas as áreas que estão presentes no nosso co- letivo. Consideramos que o design , como ele- mento fundamental de tudo o que nos rodeia é o elemento essencial para uma prática mais sustentável, quer na criação como designers , na produção como empresas, na comunicação como marcas e na venda como lojas. Acreditamos que a forma como nos apresenta- mos em coletivo permite perceber que o pen- samento ligado ao eco design e design susten- tável é transversal e se aplica a todas as áreas e que muitas vezes estas áreas se cruzam e criam soluções mais sustentáveis. Sentimos que é im- portante apresentarmo-nos em grupo – criamos um maior impacto e por isso uma maior cons- ciência e visibilidade nas pessoas que desta for- ma se interessam mais e vão mudando as suas atitudes e comportamentos. As empresas portuguesas apostam cada vez mais na sustentabilidade dos seus pro- dutos. É uma moda ou uma aposta que veio para ficar? A palavra sustentabilidade está na moda, é ver- dade! Mas a essência do que é a sustentabilida- de e o desenvolvimento sustentável não é uma moda, mas sim uma necessidade urgente que Marita Setas Ferro, presidente da Between Parallels todos temos de adotar – desde os designers aos consumidores, passando por toda a cadeia de produção e comercialização. Um produto não é sustentável só porque na eti- queta está escrito que é de algodão orgânico, sendo essencial olhar para toda a cadeia – onde foi plantado, qual a empresa responsável, onde foi feita a fiação, o têxtil e a confeção, quais as condições de trabalho destas indústrias e qual a legislação que cumpriu, se os trabalha- dores foram pagos justamente, qual a pegada carbónica que foi deixada durante o transporte das matérias e da produção, … , são tantos os fatores que influenciam a sustentabilidade de um produto, que na realidade o que é mais im- portante é ser transparente e verdadeiro com o consumidor sobre a sua marca, o seu processo de criação, produção e comercialização, sobre o esforço que se faz ao evitar todas as soluções poluentes e sem preocupações sociais. Só assim as escolhas dos consumidores podem ser realmente escolhas conscientes e sustentá- veis e não uma visão afunilada do que o mer- cado quer que o consumidor compre, apelando somente ao sentimento de “estar a fazer o cor- reto”, mas que na realidade perpetua um siste- ma de grande consumo que só traz ainda mais poluição ao nosso planeta. https://betweenparallels.webnode.pt
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