junho 2022 MERCADOS 35 assim como das suas propriedades de sequestro de carbono elevam o posi- cionamento da empresa como parcei- ra na sustentabilidade. Graças ao espírito de inovação e in- vestimento em pesquisa e desen- volvimento, a Amorim tem também explorado outras aplicações para a cortiça na África do Sul, ou seja, fora do negócio tradicional de vinho. Esta situação é possível devido à natureza excecional da cortiça, um material li- vre de produtos químicos, totalmente reciclável, impermeável e termicamen- te eficiente, com propriedades únicas e infinitas possibilidades. Em parceria com arquitetos, designers , engenhei- ros e cientistas, tem surgido um con- junto de novas aplicações para a cor- tiça, com as vantagens acrescidas de garantir a sustentabilidade ambiental. RAMIREZ Uma relação duradoura aliada à qualidade das conservas portuguesas A Ramirez é a mais antiga empresa de conservas de peixe ainda em laboração do mundo. Sendo uma empresa exportadora por tradição, está presente em mais de 55 mercados e em todos os continentes com 14 marcas internacionais. A presença no mercado sul- africano é longa e com resultados que comprovam a qualidade do produto português. Os produtos da corticeira podem ser encontrados em alguns edifícios de referência, como a galeria de arte con- temporânea Zeitz Mocca (Silo), o es- tádio da Cidade Do Cabo, os estúdios da televisão estatal SABC ou até a sala WIFI da Table Mountain, o que contri- bui para elevar o valor da cortiça e tam- bém a marca Portugal na África do Sul. Como muitos outros países, os desa- fios sul africanos envolvem o acesso à energia, encontrando-se o país numa fase de transição energética. Além disso, promover a industrialização po- derá reduzir as desigualdades econó- micas e o desemprego. Sendo o segundo país mais rico do continente, a África do Sul continua a oferecer oportunidades para as em- presas que pretendem exportar ou importar, por ter uma economia diver- sificada e com um elevado potencial de crescimento nos últimos anos. amorimcork.co.za A relação com África do Sul começou há cerca de 45 anos, com a participa- ção no “Rand Show”, onde Manuel Ramirez foi abordado ocasionalmen- te por um diretor do SABS – South African Bureau of Standard. Deste primeiro contacto resultou a acredita- ção dos produtos da Ramirez e, con- sequentemente, o início de uma boa e duradoura relação comercial com o mercado sul-africano. O objetivo estratégico da Ramirez pas- sa, e sempre passou, por um mix de mercados internacionais que permi- ta ter um equilíbrio nas exportações. A aposta na África do Sul nasceu da enorme experiência adquirida em vá-
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