4 EDITORIAL Portugalglobal nº151 UMA EUROPA MAIS COMPETITIVA E MAIS COESA NO APOIO À ECONOMIA E ÀS EMPRESAS Dedicamos esta edição da revista Portugalglo- bal à União Europeia e à entrada num novo ciclo com a nova es- tratégia da Comissão Europeia, que, muito oportunamente, está centrada na recuperação da economia, no combate às alterações climáticas e na promo- ção de políticas objetivas para tornar a Europa mais verde, no reforço da sua autonomia es- tratégica no mundo, e, claro, na aceleração da transformação digital cuja necessidade se tor- nou evidente durante a crise pandémica. Para a concretização destes objetivos, Portugal dispõe de apoios financeiros relevantes para investir na economia, nas empresas e na socie- dade em geral, através do Plano de Recupera- ção e Resiliência, mas também do novo quadro de apoio Portugal 2030. Ambos os programas, geridos a nível nacional, serão importantes instrumentos para o crescimento económico do país, mas muitas outras oportunidades se abrem às empresas portuguesas através dos mecanismos, programas de financiamento e iniciativas disponibilizadas pelas instituições europeias e aos quais se podem candidatar. É desses instrumentos e programas que fala- mos nesta revista, com testemunhos de enti- dades e instituições que podem apoiar as em- presas no seu relacionamento com Bruxelas. Falamos, por exemplo, do programa Horizonte Europa, do programa InvestEU, do Programa do Mercado Único, do Programa Europa Digi- tal, entre muitos outros aos quais as empresas podem concorrer no âmbito da sua estratégia de internacionalização. A Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER) acompanha a discussão, as negociações, e as decisões sobre estes programas e instrumentos e tem um papel chave nesta temática e na ligação e apoio às entidades nacionais, entre as quais a AICEP, envolvidas na dinamização da in- ternacionalização, investimento, inovação e modernização da economia e das empresas portuguesas. Chamamos também a atenção para o Mercado das Multilaterais Financeiras, acompanhado em Portugal pelo grupo de tra- balho constituído pela AICEP e pelo GPEARI do Ministério das Finanças, cujas instituições financeiras internacionais movimentam uma oferta à escala global superior a 100 milhões de dólares por ano em intervenções financei- ras nos países em desenvolvimento. Para que a Europa, Portugal e as suas empresas possam obter, cada vez mais, melhores resulta- dos é importante trabalhar em parceria com as várias entidades que fazem a ponte com as ins- tituições europeias. A AICEP pode, neste domí- nio, desempenhar o importante papel de juntar os vários players , reforçando a participação das empresas portuguesas nos vários programas eu- ropeus e, assim, aumentar o seu conhecimento e promover a sua internacionalização. Indispensável ainda a leitura da entrevista que Elisa Ferreira, Comissária Europeia para a Coesão e Reformas, concedeu à Portugalglo- bal, onde aborda temas da maior importância para as empresas portuguesas que queiram seguir caminho em sintonia com a estratégia da Comissão. Não posso deixar de destacar com preocupa- ção a guerra na Ucrânia. No que toca à ação da AICEP, temos acompanhado de forma próxima as empresas portuguesas com negócios na Ucrânia, Rússia e outros mercados próximos. Neste momento, a nossa maior preocupação será sempre a perda humana e o impacto na vida das populações que uma guerra inevita- velmente provoca. LUÍS CASTRO HENRIQUES Presidente do Conselho de Administração da AICEP
Baixar PDF
Arquivo