janeiro 2022 DESTAQUE 17 artificial, Big Data, ciência dos da- dos, etc. -, e é pela correlação entre dados de diagnósticos, de resultados de análises e de prescrições de medi- camentos, reunidos em quantidades muito elevadas, que hoje é possível descobrir novo conhecimento sobre qual o medicamento mais apropriado, mais eficaz e com menos efeitos se- cundários para cada pessoa ”, defende o responsável. Trata-se de identificar quais os me- dicamentos com maior ou menor efetividade no tratamento da mes- ma doença, fornecendo aos médicos e aos profissionais da área da saúde melhor conhecimento de efeitos se- cundários e interações medicamen- tosas, permitindo, simultaneamente, que um médico, durante a sua con- sulta, receba informação de grande precisão sobre a melhor forma de tratar o doente. Ou seja, pretende-se libertar os dados de saúde que se encontram espalha- dos em milhares de servidores hospi- talares e reuni-los num só sistema in- formático. Tudo isto sob o controlo e consentimento da pessoa, com com- pleta proteção dos seus direitos de pri- vacidade, e a partir de uma aplicação gratuita no telemóvel do paciente. “ Este sistema de anonimização de da- dos é altamente inovador, foi patentea- do e a patente foi concedida pelo INPI em setembro de 2021 (PT 115.479) ”, frisa o fundador da Mediceus. A Mediceus concilia de forma práti- ca e segura a proteção de dados de saúde com o seu acesso para fins de investigação, compatibilizando o in- teresse público e o avanço da ciência com a exploração económica dos da- dos de saúde. “ A Mediceus não comercializa dados pessoais de saúde – nem sequer per- mite a sua visualização pelos investi- gadores. O que explora é esse novo conhecimento produzido por esses processamentos informáticos, desde estudos epidemiológicos a ensaios clínicos, passando pela avaliação da efetividade dos medicamentos no mercado. Todos têm um grande valor económico e uma elevada procura por parte da indústria farmacêutica, da in- dústria dos dispositivos médicos e das agências de saúde pública ”, acrescen- ta o responsável. A Mediceus pretende fazer de Portu- gal um país de demonstração da sua plataforma digital e colocar o nosso país na vanguarda mundial da saúde digital. A empresa submeteu um pro- jeto de investimento em consórcio ao Plano de Recuperação e Resiliência, no montante de 24 milhões de eu- ros, cuja passagem à segunda fase de avaliação foi aprovada em novembro de 2021. A Mediceus lidera o Consórcio Da- ta4Life, composto por 16 entidades, entre universidades, hospitais, em- presas tecnológicas e associações, que tem como objetivo levar esta so- lução a 500.000 portugueses, até ao final de 2024. peter@villax.net www.mediceus.pt www.data4life.pt Peter Villax adianta que a Mediceus desenvolveu um sistema de prote- ção de dados pessoais de vanguarda mundial, em que recebe os dados de saúde pertencentes aos cidadãos que explicitamente autorizaram essa transmissão, tendo desenhado toda a sua plataforma de dados cumprindo a 100 por cento o Regulamento Geral de Proteção de Dados, numa arquite- tura que impede a empresa e os in- vestigadores que analisam os dados de saberem a identidade das pessoas. Quando o utilizador decide partilhar os seus dados de saúde com o seu médico, o envio é autorizado pela aplicação instalada no telemóvel do paciente, e os dados são devidamente identificados com o nome da pessoa.
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