10 DESTAQUE Portugalglobal nº149 • Estados Unidos da América, bastan- te destacados, Alemanha e Itália são os principais países de origem de capital das empresas de eHealth em Portugal. O volume de capital chinês acompanha outros países europeus. • 39 por cento das empresas inqui- ridas não exporta (sobretudo mi- croempresas), mas um quinto das empresas exportadoras atingiu um volume de negócios internacional de 75 por cento a 100 por cento. • Os destinos de exportação das em- presas de eHealth focam-se sobretu- do no Reino Unido, Espanha e Esta- dos Unidos da América. • Os mercados europeu e dos EUA destacam-se como principais desti- nos-alvo das empresas de eHealth. • Os clientes-alvo das empresas de eHealth não são os consumidores finais. • O Health Cluster Portugal conta com mais de metade das empresas pre- sentes em associativismo do setor eHealth. • A maioria das empresas de eHealth não comercializa os seus produtos através de plataformas online por se tratar de um setor sobretudo B2B. Tendências e evolução da Saúde Digital As respostas ao questionário da AICEP apontam para que no futuro haja um maior foco na digitalização e integra- ção dos cuidados de saúde de forma a melhorar a sua acessibilidade e qua- lidade, reforçando simultaneamente a sua personalização, sendo referidas várias tendências que ajudarão a ma- terializar esta previsão. No entanto, existe um fator que, mais que uma tendência, será um pré-requisito ne- cessário para que estas venham a ser uma realidade. A recolha, integração, partilha, análise e utilização de gran- des quantidades de dados é a chave, segundo as empresas participantes, para o futuro do eHealth. As tendên- cias identificadas vão no sentido de melhorar a sua recolha, através de tecnologia móvel para adquirir dados, e à otimização da sua utilização para revolucionar a relação entre paciente e médico, validar diagnósticos, prestar apoio remoto a pacientes, desenvolver novos produtos, apoiar a investigação e desenvolvimento em saúde, otimizar os processos administrativos e produ- tivos, entre muitos outros exemplos. Este processo terá de ser acompanha- do pela definição de standards que possam garantir a qualidade dos da- dos e o valor da sua integração. Clientes-alvo das empresas de eHealth. A tendência mais apontada pelas em- presas de eHealth é o crescimento dos serviços à distância como a telemedi- cina, as teleconsultas e a telefarmácia. A disponibilidade e partilha de dados dos pacientes, com o devido controlo, nomeadamente através do cumpri- mento do Regime Geral de Proteção de Dados, tornará possível ter consul- tas à distância eficazes e com menores custos. Esta realidade não se aplicará apenas às consultas, mas, prospecti- vamente, trará uma descentralização da medicina no geral. Sendo também um serviço à distân- cia, a telemonitorização, ou seja, a monitorização em tempo real de pa- râmetros críticos do paciente, teve um especial destaque na resposta das em- presas. A rápida evolução da IoT ( In- ternet of Things ), associada aos wear- ables de saúde, e o número crescente de cidadãos com acesso a smartpho- nes permite a monitorização de pa- râmetros de saúde à distância, forne- cendo ao médico informação precisa sobre o estado do paciente, amplian- do a vigilância, e permitindo desen- volver soluções de self-awareness ao aumentar a capacitação dos doentes através de um maior e melhor aces- so a informação clínica. Portugal tem já em funcionamento experiências de sucesso de telemonitorização onde se verificam elevados graus de satisfação dos doentes, clínicos e técnicos envol- vidos. Espera-se que esta tendência se estenda aos cuidados domiciliários,
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