dezembro 2021 MERCADOS 21 UM MERCADO DE OPORTUNIDADES NO MÉDIO ORIENTE Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são a segunda maior economia árabe, em termos de PIB, depois da Arábia Saudita. A descoberta, nos anos 60 do século passado, das primeiras jazidas de petróleo tornaram a economia do país próspera. À semelhança do que acontecia com os outros países do Golfo, também os EAU tinham a sua economia baseada na pesca e extração de pérolas. >POR DANIEL PONTES , DELEGADO DA AICEP EM ABU DHABI Independentes do Reino Unido des- te 1971 (comemora-se em 2021 os 50 anos dessa independência), os EAU formam uma federação de sete emirados (Abu Dhabi, Ajman, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah e Umm Al Quwain), sendo Abu Dhabi, a capital, o maior (87 por cento do território), detendo 90 por cento da capacidade produtiva de petróleo e gás, seguindo-se por ordem de im- portância económica: Dubai (plata- forma de negócios para a toda região MENA – Médio Oriente e Norte da África – e local privilegiado para as cooperações internacionais sendo o principal ponto de entrada do co- mércio do Golfo e Médio Oriente). O Emirado de Sharjah é o terceiro em importância económica e considera- do o emirado da cultura. OPEP, exportam mais de 900 mil barris/ dia de petróleo bruto. A economia é dominada pelos dois maiores emira- dos: Abu Dhabi e Dubai. O primeiro controla a grande maioria da indústria de petróleo e gás dos EAU, represen- tando 39 por cento do PIB nacional. O Dubai, por sua vez, possui uma eco- nomia mais diversificada, centrada no comércio, finanças, turismo e logística. Os proveitos da venda de petróleo e gás alimentam os fundos soberanos de Abu Dhabi, geridos pela Abu Dhabi Investment Authority (ADIA) que con- ta com ativos no valor de aproximada- mente 800 mil milhões de dólares e são aplicados estrategicamente em in- vestimentos no estrangeiro. O Fundo investe nos mercados de capital pú- blico, renda fixa, private equity , imo- biliário, infraestrutura e investimentos alternativos em todo o mundo. Tem grandes investimentos na América do Norte, na Europa, na Ásia e em merca- dos emergentes. Por regra, não inves- te nos Emirados Árabes Unidos nem na região do Golfo. Nos investimentos em infraestrutura, a empresa prefere adotar uma participação minoritária na sociedade e não controlar os ativos nos quais investe. Os Emirados vendem-se como a por- ta de entrada para o Médio Oriente (plataforma logística). Salienta-se que os países do Conselho de Coo- peração do Golfo (CCG) representam um mercado regional com 56,6 mi- lhões de consumidores. O país é o oitavo maior produtor mun- dial de petróleo. Segundo os dados da
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