junho 2021 ENTREVISTA 27 Os principais desafios que a Critical TechWorks enfrenta em Portugal estão relacionados com o recrutamento, devido à competitividade que se assiste no mercado e ao tipo de perfis que procuramos. Contudo, temos consegui- do colmatar estes desafios pela nossa oferta diferenciadora e temos atingido os nossos objetivos de contratação, de acordo com as exigências da empresa. Considerando que a maior dos vossos co- laboradores se encontra em teletrabalho, como perspetiva o futuro em termos de flexibilidade de trabalho na vossa empresa? Neste momento, a Critical TechWorks dá flexi- bilidade aos colaboradores para poderem fre- quentar o escritório quando pretendem. Para isso, desenvolvemos uma aplicação interna, onde os colaboradores podem registar a sua presença e assegurar o seu lugar. Contudo, no futuro pretendemos adotar um modelo híbri- do, porque consideramos que o nosso trabalho não pode ser totalmente remoto, especialmen- te devido ao facto de precisarmos de testar na prática a tecnologia que desenvolvemos e também porque acreditamos que o contacto, a partilha de conhecimento e a experiência em ambiente de socialização é diferente e relevan- te para o próprio espírito de equipa. Portugal tem hoje um importante ecossiste- ma de inovação e algumas cidades estão a emergir como hubs de empreendedorismo. Considera que este ecossitema pode, de al- guma forma, contribuir para a atividade da Critical TechWorks em Portugal? Sim, acho que é bastante positivo que a Cri- tical TechWorks esteja enquadrada no ecos- sistema de inovação português. Temos estado concentrados no desenvolvimento de produ- tos para o BMW Group, mas, no futuro, vamos começar a olhar para o ecossistema e tentar fazer parcerias com pequenos players do mer- cado, proporcionando-lhes oportunidades únicas, como terem acesso a tecnologias de ponta, suporte em infraestrutura e mentoria, ou desenvolver projetos em conjunto. A Critical TechWorks está focada no desen- volvimento de uma nova geração de siste- mas de software para os veículos da BMW. Como perspetiva o futuro da mobilidade, especialmente nas grandes zonas urbanas? Falar do futuro da mobilidade é arriscado, uma vez que as tendências mudam com frequên- cia e a um ritmo muito rápido. Por exemplo, antes, poderíamos defender que o futuro se- ria a partilha de transportes ( carsharing ) ou a diminuição dos consumidores que iriam com- prar carro próprio, devido à sobrelotação das cidades, mas a pandemia veio mudar hábitos e, consequentemente, criar novas tendências. Além disso, a mobilidade diverge de cidade para cidade e de país para país, pelo que é difícil conseguir desenhar um cenário global, quando este depende das pessoas, ambiente e preocupações de cada cidade. Contudo, exis- tem alguns denominadores comuns que acre- dito que estarão presentes nas cidades e nos quais a Critical TechWorks tem estado a tra- balhar: a transição para carros elétricos, uma oferta de mobilidade integrada e segura, auto- móveis com maiores graus de autonomia e que reduzem a margem de erro humano, e softwa- re que identifique, ou antecipe e dê resposta às necessidades do condutor e do passageiro. www.criticaltechworks.com
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