maio 2021 TURISMO 37 o final de julho como data a partir da qual começa a haver uma maior con- centração de reservas, à qual se aliam maiores níveis de confiança. Todavia, este movimento não se cinge apenas a turistas. Envolve, também, residentes, imigrantes ou pessoas que viajam em negócio. Os desafios do Brexit Perante esta realidade que espera- mos seja viável a breve trecho, são retomadas as questões que já tinham sido objeto de longa discussão e de profundo debate no setor do Turismo (e não só): quais os impactos do Bre- xit? Que desafios se apresentam aos nossos agentes económicos, dentro e fora da atividade turística? Que opor- tunidades se apresentam? Se refletirmos no modo como a pan- demia veio acentuar e salientar, de forma mais premente, o peso que o setor do turismo tem na economia nacional, na sua transversalidade (em ligação com uma multiplicidade de áreas/serviços como transportes, fron- teiras, saúde, cultura, diplomacia, in- dústria, educação, etc.) e na absoluta necessidade de comunicação e corre- lação entre as mesmas, será correto afirmar que estamos hoje mais bem preparados para um Brexit. Por força das circunstâncias, atualmente o turis- ta britânico relaciona de forma mais direta a interligação funcional dos destinos, hotéis, aeroportos, aviões. Com efeito, desde há alguns anos a esta parte, nem todas as questões dos turistas ingleses tocam ou são, na sua essência, Turismo. Fazem, contudo, parte do seu processo intrínseco, mas estão também inquestionavelmente ligadas a outras áreas de atividade: te- rei necessidade de um visto? Quanto tempo poderei estar num país da UE como turista? Qual a validade que o meu passaporte deve ter? Haverá um mecanismo rápido de leitura do pas- saporte ou terei de estar em filas? A minha carta de condução é válida e até quando? Como se autoriza legalmente a permanência de trabalhadores sazo- nais de turismo? Poderei levar o meu animal de estimação comigo? Sou es- tudante, que direitos e como poderei permanecer em Portugal? Poderei usu- fruir de “tax free”, como se processa? Após janeiro de 2021, poderei aceder ao sistema nacional de saúde em Por- tugal? Quanto terei de pagar? A estas questões, meramente exem- plificativas, acrescem ainda muitas outras colocadas pelos residentes britânicos em Portugal. Também eles dando conta de aspetos pertinentes com que seriam confrontados no de- curso desta viragem. Há já alguns anos o governo portu- guês tem encetado diligências para que todas estas questões possam ter resposta. Ouvindo, concertando os diversos setores e organismos, Tu- rismo incluído, para que todas estas questões encontrassem o necessário enquadramento legal, daí resultando medidas claras e com a fluidez neces- sária, visando a simplificação e com- preensão de todos os processos. Parte das nossas oportunidades resi- dem, efetivamente, nesta interligação e num trabalho conjunto em prol de objetivos que convirjam na minimiza- ção das consequências nefastas de um Brexit, congregando uma seamless ex- perience do turista inglês em Portugal. No sentido de passar uma mensagem positiva, sensibilizando os agentes do setor no mercado Reino Unido e a im- prensa britânica para o facto de tudo estar a ser feito para simplificar o pro- cesso em curso, e que o país estava de braços abertos para receber os turistas britânicos, o Turismo de Portugal lan- çou a campanha Brelcome , dedicada ao turista britânico. Com esta cam- panha, que imediatamente teve uma resposta muito positiva por parte dos parceiros, dos turistas (e até da con- corrência), o Turismo de Portugal con
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