32 MERCADOS Portugalglobal nº140 FLUXOS DE INVESTIMENTO DIRETO ENTRE PORTUGAL E O JAPÃO – PRINCÍPIO DIRECIONAL Exportações Importações Saldo 2015 2.997,3 2.214,7 782,5 2016 3.132,5 2.399,3 733,2 2017 3.581,6 2.502,2 1.079,4 2018 3.913,1 2.867,2 1.045,9 2019 4.126,7 3.242,1 884,7 Var % 19/15a 8,4 10,1 -- 2019 jan/out 3.509,8 2.753,8 756,0 2020 jan/out 2.530,9 1.949,8 581,1 Var % 20/19b -27,9 -29,2 -- Fonte: Banco de Portugal Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2015-2019 (b) Taxa de variação homóloga 2019-2020 Oportunidades no mercado japonês Alguns dos aspetos que devem ser continuados e explorados, podendo traduzir-se num maior e melhor relacionamento económico bilateral, incluem: • O acordo de parceria económica entre a Europa e Japão criou a maior área de comércio livre do mundo. Mais de 90 por cento das exportações europeias ficaram isentas de taxas aduaneiras com a entrada em vigor do acordo (1 de fevereiro de 2019) e estima-se uma poupança de mil milhões nas referidas taxas. Os setores mais beneficiados, na perspetiva europeia, são o agroalimentar, os vinhos, os têxteis, o vestuário e o calçado; • A aposta a longo-prazo, por parte de algumas das associações e de empresas dos setores acima referidos, é essencial para o aumento do volume e valor acrescentado das exportações; • Estratégias de criação de imagem e de suporte às vendas para alguns dos setores estabelecidos podem revelar-se essenciais para a manutenção e aumento das posições detidas; • Uma tendência identificada na atividade global das empresas japonesas, e também no mercado português, passa pelo estabelecimento de uma parceria/aquisição, quer seja na introdução de tecnologia, diversificação de mercados, entrada de capital, entre outros. O caso do acordo de vendas ADIRA/Mitsubishi e o da participação da Mitsui e da Toyota na Caetano Bus são dois exemplos; • Com o envelhecimento da população japonesa, as empresas, em particular as PME, têm de se internacionalizar para compensar o decréscimo do mercado interno. Parcerias para mercados terceiros podem revelar-se de extrema importância para um número significativo de empresas europeias; • O Japão apresentou em dezembro de 2020 um plano nacional com o objetivo de atingir zero emissões até 2050. Decorrentes do referido plano e da necessidade de identificação de oportunidades de negócio no exterior existem oportunidades reais para parcerias em projetos de H2, bem como para investimentos em ativos em renováveis em Portugal. Igualmente importantes são os investimentos em tecnologias ligadas a eólicas offshore (ex.: Tokyo Gas / Principle Power); • Crescente abertura e interesse em startups (Inteligência Artificial e ligação ao setor automóvel). A Delegação em Tóquio está, como sempre, disponível e motivada para explorar, em conjunto com os interlocutores nacionais, algumas destas ideias que podem reposicionar Portugal no mercado japonês. Contamos consigo! aicep.tokyo@portugalglobal.pt
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