março 2021 DESTAQUE 19 desenvolvimento e disseminação da investigação neste setor de atividade, fundamental para o desempenho nacional em termos de políticas públicas de ambiente, economia circular e neutralidade carbónica. Esta estratégia tem permitido executar um conjunto de ações que chegam a quem tem responsabilidade direta ou indireta pela colocação de embalagens no mercado”, refere Ana Isabel Trigo Morais, CEO da SPV. O apoio a ferramentas e projetos, de que são exemplo o Ocean Wise, através da iniciativa Oceans Calling, ou as Ferramentas de Circularidade (Katch-e) permitem captar conhecimento e ampliá-lo, resultando numa rede nacional e internacional colaborativa com vista à inovação. “Acreditamos que todos estes projetos e plataformas têm contribuído para colocar o tema da reciclagem na agenda dos consumidores portugueses e os números parecem refletir não só o empenho da SPV, mas também de outros agentes do setor”, defende a CEO. Um estudo promovido pela SPV mostra que nos últimos 10 anos as preocupações dos portugueses em rela- ção ao ambiente têm vindo a evoluir de forma muito favorável e que nove em cada 10 inquiridos reciclam embalagens. As metas da SPV estão alinhadas com os compromissos de Portugal ao nível da União Europeia (Diretiva Quadro dos Resíduos e Diretiva Embalagens), a par de outros desafios no âmbito da economia circular, das licenças das entidades gestoras do SIGRE, e da regulação e supervisão do sistema. Para a SPV, a aposta na sustentabilidade e na economia circular devem continuar a ser a chave para o futuro, e a gestão de resíduos e da reciclagem são fulcrais por serem o motor para uma implementação eficaz e definitiva de modelos de economia circular. Neste contexto, dinamizar a inovação e o desenvolvimento na área da reciclagem e contribuir para atingir os objetivos definidos no Pacto Ecológico Europeu são os dois principais eixos que orientarão a atividade da SPV nos próximos anos. Temas como a transição digital, a economia circular e a neutralidade carbónica estão na agenda de prioridades para os próximos anos e o setor onde a SPV opera poderá ter um papel essencial para alavancar novos negócios que serão indispensáveis para a retoma da economia nacional e europeia depois de um ano tão desafiante como foi 2020. “No caso particular do setor dos resíduos, onde atuamos, avizinham-se desafios como o alargamento do âmbito de atuação do SIGRE, a regulação e supervisão efetiva para todas as Entidades Gestoras de resíduos de embalagens e alterações da legislação, nomeadamente as Diretivas Quadro dos Resíduos + Embalagens + Single-Use Plastics”, reforça Ana Trigo Morais. Um outro domínio de atuação da SPV será ao nível da contribuição para a Nova Agenda do Consumidor, uma iniciativa da União Europeia que apela à transformação dos hábitos de consumo para a sustentabilidade, e reforça a necessidade de oferecer ao consumidor soluções e formas de garantir que reciclam mais e melhor, alinhadas com os princípios da economia circular, mas também que haja informação clara. “O conceito Economia Circular, mesmo não estando no ‘top of mind’ dos consumidores, está já a ganhar fortes raízes na esfera das políticas públicas e governamentais. Mas para que o conceito seja efetivo, a participação de todos, inclusive a do consumidor e com grande responsabilidade, é preponderante”, conclui Ana Trigo Morais, acrescentando ser ainda necessário promover mecanismos de medição de circularidade das empresas e seu desempenho, e reforçar o foco no desenvolvimento, investigação e inovação em matéria de gestão de resíduos para a reciclagem, sendo este um ponto essencial na promoção da economia circular. www.pontoverde.pt Veja aqui alguns exemplos de projetos de I&D apoiados pela SPV em 2020 e que promovem a economia circular.
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