4 EDITORIAL Portugalglobal nº87 O peso de um setor fortemente exportador A indústria automóvel em Portugal constitui um pilar importante da economia portuguesa, contribuindo fortemente para o PIB nacional. O fabrico de componentes para automóveis é o setor mais representativo nesta indústria, continuando a gerar emprego e exportando 84 por cento da sua produção. O sucesso internacional de componentes fabricados em território nacional mostra que há investimento estrangeiro a apostar no setor, assim como crescentes competências técnicas instaladas, incorporação de I&D e uma cooperação cada vez maior entre as empresas e universidades e centros de engenharia, bem como a certificação em todas as áreas produtivas. Estes são motivos suficientemente fortes para destacar o setor de componentes para automóveis na Portugalglobal de maio, que conta com uma entrevista a Tomás Moreira, presidente da AFIA, em que este revela os desafios que se colocam ao setor, mostrando-se otimista quanto ao crescimento de uma indústria que afirma ter já uma massa crítica significativa. Outra área com evolução positiva registada nos últimos anos, em termos de retorno para a economia nacional, é o setor das multilaterais, tema também abordado neste número da revista. As multilaterais têm um papel crucial no financiamento ao desenvolvimento de um conjunto alargado de países, criando assim um mercado de oportunidades de negócio e de fiRevista Portugalglobal Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: +351 217 909 500 Fax: +351 217 909 578 nanciamento que pode, e deve, ser mais explorado pelas empresas portuguesas. A opção, nesta edição, pelo mercado chileno resulta de dois fatores. O primeiro, decorre do facto do cenário macroeconómico do Chile ser positivo, com a economia a ser considerada a mais estável, competitiva e desenvolvida da América Latina, na sequência das reformas implementadas nas últimas décadas, o que lhe permitiu obter importantes vantagens estruturais e o melhor desempenho da região nos últimos 20 anos, com uma taxa média anual de crescimento de 5,7 por cento. O segundo, e que considero não menos importante, resulta da urgente necessidade de se encontrarem mercados alternativos para as exportações portuguesas, na sequência da quebra das vendas de bens e serviços para mercados fora do espaço comunitário considerados tradicionais, como é o caso de Angola ou do Brasil. O Chile pode, assim, constituir uma boa opção, tanto mais que não deve ser encarado como um objetivo estratégico único pelas empresas portuguesas, mas também como uma plataforma privilegiada para terceiros mercados, já que o país dispõe de uma excelente rede de acordos comerciais com peso na economia mundial. Ora, considerando estes dois fatores, o Chile é um país e um mercado que não pode deixar indiferentes as empresas e os empreendedores portugueses que apostam no sucesso global. MIGUEL FRASQUILHO Presidente do Conselho de Administração da AICEP Conselho de Administração Miguel Frasquilho (presidente), Helena Malcata, José Vital Morgado, Luís Castro Henriques, Pedro Ortigão Correia (vogais). Fotografia e ilustração ©Pixabay, Rodrigo Marques. Colaboram neste número António Luís Cotrim, Direção de Corporate e Investimento da AICEP, Direção de Informação da AICEP, Direção Internacional da COSEC, Direção PME da AICEP, Direção de Relações Institucionais e Mercados Externos da AICEP, Inês Jácome, Jorge Rosa, Jorge Salvador, Tomás Moreira. Paginação e programação Rodrigo Marques rodrigo.marques@portugalglobal.pt Propriedade aicep Portugal Global Rua Júlio Dinis, 748, 9º Dto 4050-012 Porto Tel.: +351 226 055 300 Fax: +351 226 055 399 NIFiscal 506 320 120 Diretora Ana de Carvalho ana.carvalho@portugalglobal.pt Projeto gráfico Rodrigo Marques - aicep Portugal Global Publicidade Cristina Valente Almeida cristina.valente@portugalglobal.pt Redação Cristina Cardoso cristina.cardoso@portugalglobal.pt Rafaela Pedroso rafaela.pedroso@portugalglobal.pt Anabela Martins anabela.martins@portugalglobal.pt Secretariado Cristina Santos cristina.santos@portugalglobal.pt ERC: Registo nº 125362 As opiniões expressas nos artigos publicados são da responsabilidade dos seus autores e não necessariamente da revista Portugalglobal ou da aicep Portugal Global. A aceitação de publicidade pela revista Portugalglobal não implica qualquer compromisso por parte desta com os produtos/serviços visados.
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