junho 2020 EMPRESAS 43 de banho (toalhas de banho, roupões, etc.), outros artigos como mantas decorativas ou de viagem, e ainda outros produtos que podem ser feitos com recurso ao tecido jacquard em que se tornou especialista. Atualmente o foco da empresa é o produto de alta gama, com especial atenção à qualidade e ao detalhe, usando sempre as melhores matérias-primas, e com recurso às melhores técnicas de acabamentos e confeção, que só assim garantem o acesso aos mais exigentes padrões dos seus clientes a nível mundial, revela Fernando Pereira, administrador da Apertex. A Apertex conta atualmente com cerca de 40 trabalhadores diretos, criando e desenvolvendo, com a sua equipa, todos os seus produtos e coleções. Todo o design é interno, trabalhando ainda em parceria com os seus clientes para desenvolver produtos à necessidade dos mesmos, e com o nível de personalização que os seus mercados exigem. Com presença em mais de 50 países nos cinco continentes, a exportação é, desde há vários anos, o foco da Apertex. A empresa tem tido um crescimento regular e 2019 não foi exceção, com um crescimento de quase 20 por cento face ao ano anterior. No entanto, em 2020, a pandemia que atinge o país e o mundo veio dificultar a atividade exportadora da Apertex. chegar ao maior número de potenciais clientes possível, apesar do elevado orçamento alocado a essas participações, que inclui a criação de coleções à medida dos mercados. Na seleção dos mercados, designadamente aqueles onde a empresa poderá ter mais sucesso, a Apertex tem contado com o apoio da AICEP. De acordo com Fernando Pereira, “para estas decisões e seleções temos contado muito com a ajuda preciosa do AICEP, que sempre se tem prontificado para fornecer toda a informação disponível, e sempre que possível, junto das variadas delegações, conseguem no destino informações e contactos muito valorizados e que nos permitem encurtar muitos caminhos nos processos negociais. É uma instituição que muito faz pelo tecido empresarial português, e o nosso bem-haja para que assim continue!”. Com o encerramento dos mercados e cancelamento dos eventos e das visitas a clientes devido à pandemia, a Aper- tex viu-se forçada a delinear uma nova estratégia, apostando nas tecnologias para contactar os clientes, mas continua a defender que as visitas presenciais “têm outros resultados, pelo que estamos desejosos de que o mundo volte à normalidade para retomarmos o nosso caminho”. “Dada a atual conjuntura, como todos, fomos obrigados a recorrer ainda mais às ferramentas virtuais para continuar o nosso trabalho. Temos cada vez mais feito ‘e-meetings’ e ‘conference calls’, e não podemos deixar de admitir que sem estas ferramentas o nosso trabalho seria praticamente impossível de realizar atualmente”, refere o responsável, acrescentando que “foram adquiridas algumas ferramentas para facilitar as apresentações e ‘e-meetings’ e palavras como Teams, Facetime, Skype, Zoom, etc. são parte do nosso vocabulário diário”. O futuro da empresa nos mercados externos vai, porém, continuar a ser o foco da Apertex, que, além pretender “Tínhamos grandes perspetivas para este ano e, com esta pandemia, não sabemos o que esperar, pois todos os mercados do nosso setor estão apreensivos e quase congelados. Resta-nos esperar a passagem deste grande problema, que infelizmente vai influenciar muito a economia, e ver o que vamos conseguir fazer o resto do ano”, confidencia o administrador da empresa. A estratégia de internacionalização da Apertex passou, até há pouco tempo, pela participação em feiras internacionais do setor e por visitas aos clientes, numa ótica de proximidade e para
Baixar PDF
Arquivo