aicep Portugal Global Finlândia - Síntese Setorial Vestuário (agosto 2018) Principais aspetos a salientar: De acordo com o ITC – International Trade Centre, em 2017, a Finlândia foi o 42º maior importador mundial de bens (22º europeu), com 0,39% do total. No vestuário, ocupava a 40ª posição (21ª entre os países da Europa), com 0,36% das importações mundiais. Entre 2013 e 2017, as importações finlandesas de bens cresceram abaixo da média mundial (1,8% versus 2,6% em média anual) mas, no último ano, aumentaram 13,5% o que compara com 8,1% do total mundial. No vestuário, as importações da Finlândia divergiram da evolução mundial no período 2013-2017 (contração de 1,6% em média ao ano versus um aumento de 5,1%) todavia, se considerados os três últimos anos, o seu crescimento foi superior ao mundial (2,6% em média por ano versus 0,8%). Entre 2013 e 2017, a balança comercial de bens foi sempre deficitária, com redução do défice até 2015 e um forte agravamento em 2016. No vestuário, as importações também foram sempre superiores às exportações e o défice, com tendência para baixar até 2015, voltou a agravar-se nos anos seguintes e atingiu 1,02 mil milhões de euros em 2017. Quase metade do mercado finlandês de vestuário importado é dominado por dois produtores do oriente. A China mantémse como fornecedor destacado e o Bangladesh tem consolidado o 2º lugar. Ambos registam tendência para o aumento de quota que, no caso da China, passou de 37,5% em 2013 para 39,1% em 2017 e no do Bangladesh subiu de 7,8% para 10,3%. As importações da Finlândia de vestuário chinês recuaram até 2015, tendo aumentado nos dois últimos anos, fixando -se em 504,1M€ em 2017, encerrando o período 2013-2017 com uma variação média anual de -0,5% e um decréscimo de valor de 13,2M€ face a 2013. No caso do Bangladesh, as compras de vestuário que aumentaram sistematicamente até 2016, contraíram-se em 2017, ano em que atingiram 132,6M€ (mais 28,8M€ do que em 2013), fechando 2013-2017 com um crescimento médio anual de 5,7%. Em 2013 e 2014, a Suécia foi o 2º fornecedor de vestuário à Finlândia, a seguir à China, com quotas acima dos 8% e valores próximos de 115M€. A partir de 2014, as importações finlandesas ao mercado baixaram e este foi ultrapassado pelo Bangladesh, encerrando 2016 com o valor e a quota mais reduzidos de todo o período (88,1M € e 7%). Em 2017, as importações aumentaram 3,7% face ao ano anterior, para 91,3M€ (quota de 7,1%, mas menos 24,6M€ do que em 2013). A Turquia e a Índia, 4º e 5º fornecedores perderam, respetivamente, 8,1M€ e 10,2M€ entre o início e o final do período. Com variações médias anuais de -2,5% e de -4,6%, entre 2013 e 2017, as importações de vestuário a estes mercados apenas aumentaram em 2016 fixando-se, no último ano, em 67,3M€ e 46,6M€. A quota turca baixou de 5,5% em 2013 para 5,2% em 2017 e a indiana passou de 4,1% para 3,6%. Entre 2013 e 2017, as importações finlandesas à Estónia e à Alemanha (6º e 7º fornecedores) caíram para quase metade do valor; baixaram, respetivamente, 14,7% e 14% em média ao ano, fixando-se em 39,2M€ e 37,4M€ (-36,2M€ e -34,6M€ do que em 2013). A quota da Estónia passou de 5,5% para 3% entre o início e o final do período e a alemã, de 5,2% para 2,9%. No período em análise, reforçaram quotas de mercado o Vietname (de 2,1% para 2,8%) e o Camboja (de 1,6% para 2,6%). As importações ao Vietname aumentaram a um ritmo médio anual de 6,4% para 36,6M € em 2017 (+7,7M€ do que em 2013) e, no caso do Camboja, o crescimento foi de 11,2% em média ao ano, para 33,5M€ (+11,3M€). Seguiu-se a Itália, com 28,5M€ em 2017 (quota de 2,2%). As importações que baixaram até 2015, verificaram desempenhos muito positivos em 2016 e, sobretudo, em 2017, encerrando o período 2013-2017 com um aumento médio anual de 5%, um acréscimo de valor de 3M€ e consolidação da quota de mercado que, em 2013, se limitavam a 1,8%. Portugal ocupava, em 2017, o 12º lugar entre os fornecedores de vestuário à Finlândia (6º europeu). No período 2013 2017, as importações de vestuário da Finlândia a Portugal ultrapassaram sempre os 20M €; baixaram até 2015, recuperando desde então para 23,4M€ em 2017 (ainda assim, menos 697 mil euros do que em 2013). A quota de mercado é relativamente estável (1,7% entre 2013 e 2015, 1,8% nos dois últimos anos). De referir, ainda, que o vestuário não malha perfaz mais de metade das importações finlandesas do setor (51% em 2017, ou 661,6M€), mas o seu valor e importância relativa têm vindo a baixar desde 2013 (54,1%, ou 745,2M €). As compras da Finlândia a Portugal (15º maior fornecedor) deste tipo de vestuário têm menor expressão, representando 32,7% do total em 2017 (7,7M€ em 2017, menos 248 mil euros do que em 2013). Pelo contrário, as importações da Finlândia de vestuário de malha permaneceram relativamente estáveis ao longo do período (633,2M€ em 2013 e 635,6M€ em 2017) passando de 45,9% para 49,3% do total do setor. As compras destes produtos a Portugal evoluíram de forma irregular entre 2013 e 2017, passando de 16,2M € para 15,6M€. Em 2017, Portugal foi o 8º fornecedor destes produtos à Finlândia (o 3º europeu) com uma quota de mercado de 2,5%. Numa análise das importações finlandesas de vestuário por categoria de produto, destacam -se as camisolas e pulôveres, fatos de homem e senhora exceto de malha, t-shirts, vestuário de tecidos técnicos (impregnados, revestidos, recobertos, etc) e fatos de malha de senhora que, em conjunto, perfazem mais de 55% do mercado. 2
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