aicep Portugal Global Alemanha - Síntese Setorial Vestuário (março 2017) Principais aspetos a salientar: De acordo com o ITC – International Trade Centre, em 2015, a Alemanha foi o 3º maior importador mundial de bens, com 6,4% do total. No vestuário, ocupava a 2ª posição (atrás dos EUA), respondendo por 8,6% das importações mundiais. Entre 2011 e 2015, o crescimento médio anual das importações alemãs foi inferior ao mundial, tanto nos bens (1,3% versus 3,1%), como no vestuário (3,2% contra 6,5%). Verificou-se uma tendência semelhante nas exportações alemãs, tanto de bens, como de vestuário, com ritmos de crescimento abaixo da média mundial. No mesmo período, a balança comercial de bens foi sempre superavitária. Por oposição, no vestuário, as importações foram superiores às exportações em todos os anos. O défice, com trajetória crescente, atingiu praticamente 16 mil milhões de euros em 2015. No quadro dos dez maiores fornecedores de vestuário à Alemanha, exceto nos casos da China e da Indonésia, os valores das importações em 2015 superam, em larga medida, os registados em 2011. No entanto, em 2012, assistiu-se a uma contração das compras que afetou praticamente todos os fornecedores. A tendência geral dos últimos cinco anos tem sido para a erosão da quota da China, a par do aumento das parcelas de mercado do Bangladesh, Holanda, Vietname, Camboja e Paquistão. No último ano, os seis maiores fornecedores são responsáveis por quase 65% do mercado alemão de vestuário importado. A China lidera de forma destacada, com uma quota de 27,1% (31,8% em 2011). As compras alemãs de vestuário chinês, entre 2011 (8 735M€) e 2015 (8 392M€) baixaram a uma média de 0,8% ao ano. Em 2015, o segundo fornecedor foi o Bangladesh. Entre 2011 e 2015, as compras alemãs provenientes deste país cresceram, em média, 11,4% ao ano. A quota de mercado subiu de 10,3% (2 824M€) para 13,9% no último ano (4 311M€). A Turquia, com uma quota de 10,5% em 2015 (3 245M€), ocupa o 3º lugar entre os fornecedores de vestuário à Alemanha. Em 2011, as importações atingiram 3 137M€ (11,4% do total). Em média, verificou-se um aumento de 0,9% por ano nos valores importados, apesar de a quota ter diminuído. O valor das compras alemãs de vestuário com origem na Holanda e em Itália (4º e 5º) foi quase idêntico em 2015, fixandose em 1 439M€ e em 1 375M€, respetivamente. Enquanto as importações à Holanda cresceram a uma média anual de 14,7% entre 2011 e 2015 resultando num reforço de quota de 3,1% para 4,7%, no caso de Itália, o aumento médio anual limitou-se a 3,9%, ficando a quota praticamente inalterada (4,3% em 2011 e 4,4% em 2015). Em 2015, o 6º fornecedor foi a Índia, com 1 281M€. Nos últimos cinco anos, as importações aumentaram a um ritmo médio de 3%, que não foi suficiente para evitar que a quota de mercado baixasse de 4,3% para 4,1%. O Vietname, o Camboja e o Paquistão – 7º, 8º e 9º fornecedores – têm reforçado a presença no mercado. Com taxas médias de crescimento anual de dois dígitos (14,9%, 23% e 14,7%, respetivamente), as importações a estes países ascenderam a 1 031M€ (3,3% do total), 901M€ (2,9%) e 673M€ (2,2%) em 2015. A Indonésia (10º) tem perdido importância no mercado alemão de vestuário, depois das importações terem atingido 619M€ (2,3% do total) em 2011, baixaram a uma média de 0,2% ao ano (607M€ em 2015 ou 2%). Portugal ocupava, em 2015, o 18º lugar entre os fornecedores de vestuário à Alemanha (7º em termos europeus). No período 2011-2015, a quota de mercado rondou 1%, apesar do aumento médio anual de 1,5% nas importações. No último ano, o valor fixou-se em cerca de 319M€ (mais 17M€ do que em 2011). De referir, ainda, que o vestuário de malha perfaz quase metade das importações alemãs do setor (49,9% em 2015), parcela que se tem mantido relativamente estável desde 2011. As compras da Alemanha a Portugal (11º maior fornecedor) deste tipo de vestuário têm maior expressão, representando 78,7% do total em 2015. As importações registaram um comportamento irregular ao longo do período, com aumentos em 2013 e 2014, atingindo 257M€, e decréscimos nos restantes anos (em 2012 o valor não ultrapassou 231M€). Pelo contrário, as importações alemãs de vestuário não malha a Portugal evoluíram de forma sustentada, passando de 50,7M€ para 68M€, entre 2011 e 2015 (um aumento médio anual de 7,7%). Numa análise das importações alemãs de vestuário por categoria de produto, destacam-se: fatos (H e S), camisolas e pulôveres, t-shirts, roupa de malha (S), camisas (H e S), e sobretudos, casacos e blusões (H e S). Fatos de treino, meias e lingerie têm pesos menos significativos. Em conjunto, perfazem quase 90% do mercado. Entre 2011 e 2015, a evolução das importações destes grupos, de maneira geral, foi de decréscimo ligeiro nos primeiros anos e de recuperação e/ou crescimento nos seguintes. 2
Baixar PDF