10 DESTAQUE Portugalglobal nº158 presidentes da AICEP – Pedro Reis e Miguel Frasquilho – que protagoniza- ram um debate sobre as perspetivas económicas para os próximos 15 anos. Bernardo Ivo Cruz elencou os desafios que o país enfrenta e que obrigam à resiliência, à adaptação mudança, ao trabalho em época de incerteza, ao reforço da produtividade e da com- petitividade. O secretário de Estado da Internacionalização, a exemplo do primeiro-ministro na sua intervenção, destacou os grandes desafios que as transições energética e digital consti- tuem para Portugal e para a Europa. “ Temos de fazer em poucos anos o que podíamos ter feito em várias dé- cadas ”, disse, sublinhando, porém, que Portugal parte de uma situação vantajosa já que iniciou a transição energética há mais de 25 anos. Além disso, referiu, “ temos uma capaci- dade instalada de talento e de resi- liência que nos permite olhar para o futuro com otimismo e confiança ”. Ivo Cruz apelou ainda a que todos os setores da economia nacional, públi- co e privado, trabalhem em conjunto para ter sucesso no futuro. Na mesma linha, e tendo em atenção o cenário complexo com que se con- fronta a internacionalização da eco- nomia portuguesa, o ministro Gomes Cravinho defendeu que “ os nossos esforços devem estar focados nos setores estratégicos para a economia nacional, apoiando o crescimento económico, respeitando o desenvol- vimento social e fomentando a sus- tentabilidade ambiental ”. “ São estes princípios que irão nortear os modelos de internacionalização da economia nacional, quer seja na cap- tação de investimento direto estran- geiro para Portugal, no fortalecimen- to do investimento direto português no estrangeiro, ou na dinamização do setor exportador de bens e servi- ços ”, disse Gomes Cravinho. Para o responsável pela pasta dos Ne- gócios Estrangeiros, a internacionali- zação traz “ enormes vantagens para a economia, potenciando rendibilida- des e ganhos de escala, e mitigando riscos através da diversificação ”, mas é também “ um processo que oferece múltiplos obstáculos, exigindo uma constante adaptação a novos mer- cados e novas circunstâncias, onde se incluem tecnologias inovadoras, novos processos, bem como rápidas alterações nos comportamentos dos consumidores, a par das transforma- ções paradigmáticas nas esferas digi- tal e energética ”. Aos antecessores de Luís Castro Hen- riques na Presidência da AICEP coube debater os desafios e as tendências que irão marcar o futuro. Pedro Reis
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