14 DESTAQUE Portugalglobal nº159 De que forma é que as tendências agora apresentadas podem influenciar o desempenho das empresas no mercado internacional? O objetivo principal de um gestor é ser capaz de “passar à prática”, isto é, incorporar na Estratégia e na Operação tudo o que puder aprender. Aquilo que recomendamos, para quem participou nos webinars , é rever os conceitos e técnicas mais relevantes que podem aplicar-se na sua empresa. Em relação às Tendências, sugerimos no final de cada Digest uma metodologia de debate interno, em que o foco seja como extrapolar o Conceito, os Exemplos e as Implicações apresentadas no documento para a realidade competitiva da empresa. De uma forma geral, permitirá às equipas de gestão ficarem atualizadas em relação às melhores práticas de Gestão e de Marketing . Qual o risco que as empresas podem correr por não estarem a par destas tendências? As empresas portuguesas precisam de ser mais competitivas do que as suas concorrentes internacionais, considerando o risco claro que as empresas portuguesas correm de serem ultrapassadas por outras, sobretudo de outros países, que se adaptem mais rapidamente às alterações de preferências e comportamentos de consumidores e de clientes B2B . Em alguns casos é preciso aproveitar as novas tecnologias, como Sensores, Internet of Things ou Inteligência Artificial e, noutras fileiras, dar atenção a temas como a Sustentabilidade, que começa a ser uma preocupação em Portugal, mas que já está consistentemente na agenda de compradores B2B do Centro e Norte da Europa de empresas da fileira da Moda ou da Casa. Que outros aspetos do conhecimento devem ser considerados para aumentar a competitividade das empresas portuguesas? Ser competitivo e ter sucesso a nível internacional é algo em que não se pode “descansar”, porque parar é mesmo morrer. Assim, e dada a limitada dimensão da grande maioria das empresas portuguesas, considero que os principais fatores a ter em consideração são os fatores de atitude, como a ambição, a paixão, a abertura à inovação e o não ter receio de arriscar; os fatores de liderança, como o empowerment dado às equipas e a capacidade para alinhar esforços e mobilizar para perseguir objetivos claros e ambiciosos; os fatores de cooperação, com outras empresas da fileira, ainda que concorrentes, e sobretudo com centros de investigação universitários, colocando-os ao serviço da indústria; e, finalmente, os fatores relacionados com a organização, como o rigor do planeamento e, sobretudo, o controlo da execução do planeado, com rapidez na identificação de soluções para fazer face às dificuldades. Como avalia o trabalho desenvolvido nesta parceria entre a AICEP e o FutureCast Lab? O trabalho desenvolvido com a AICEP superou as nossas expectativas, tanto na relação com as responsáveis diretas do Projeto, que têm sido inexcedíveis na capacidade e rapidez de resposta, mormente na análise dos 50 Digests (relatórios) que foram elaborados, como na equipa formativa e no extraordinário envolvimento dos Especialistas e Gestores de Clientes de cada Fileira, como por exemplo na mobilização dos gestores das empresas exportadoras.
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