setembro 2023 DESTAQUE 23 como o Ensina RTP, o Arquivo RTP e o Estudo Em Casa ”. Por outro lado, a RTP Play tem vindo a assumir um pa- pel cada vez mais relevante enquanto plataforma de conteúdos de acesso livre e gratuito e há ainda uma forte ligação da RTP à música portuguesa, através da presença em festivais, da gravação de concertos, da promoção de espetáculos, na televisão, na rádio e no digital, adianta Nicolau Santos. Promover a produção nacional além- -fronteiras tem sido também uma prioridade. “ É uma aposta essencial da missão do serviço público, levar cada vez mais conteúdos em língua portuguesa ao maior número de paí- nal ao longo do ano. Só na RTP1, no ano passado, 22 por cento dos custos de grelha são referentes a conteúdos de ficção nacional. Reforçar o setor e os mecanismos de apoio existentes No âmbito da sua estratégia de in- ternacionalização, a área de ficção da RTP tem estado presente regular- mente em mercados e eventos inter- nacionais ligados ao setor do audio- visual, nomeadamente Series Mania (Lille, França), Iberséries (Madrid, Es- panha), LA Screenings (Los Angeles, EUA); Content London (Londres, Rei- no Unido), Conecta Ficcion (Toledo, derá ocupar o seu espaço nesta nova geografia do audiovisual se persistir numa estratégia clara de apoio ao de- senvolvimento do setor ”. ses ”, adianta o presidente da RTP. “ Nos últimos anos temos tido cada vez mais séries e telefilmes da RTP a viajar nas principais plataformas de streaming e canais internacionais, o que se tem refletido num aumen- to sustentado das receitas da venda de conteúdos ”. Em 2022 a RTP voltou a ultrapassar em mais de 10 por cento as obriga- ções de investimento em produção in- dependente definida na lei e divulgou mais de cem projetos de ficção nacio- Espanha), Série Series (Fontainebleau, França), Serial Killer (Brno, Chéquia), MIP TV e MIP COM (Cannes, França). “ À partida, procuramos que a genera- lidade dos nossos projetos de ficção, sobretudo séries, possam ambicionar ter uma distribuição fora do nosso país ”, adianta José Fragoso. Ao considerar que o audiovisual é hoje uma área de afirmação cultural, linguística e até económica e política da generalidade dos países, o diretor da RTP1 defende que “ Portugal só po- Poucas áreas terão assistido a tantas mudanças nos últimos anos como o audiovisual, mas para o presidente da RTP isso representa também novas oportunidades. “ A criação de meca- nismos de apoio, como os do ICA ou do Fundo de Turismo; a criação de Film Comissions em várias autarquias e re- giões de turismo do país; e a chegada ao mercado português das platafor- mas digitais por subscrição (Netflix, Disney, Amazon, HBO), trouxeram uma nova dinâmica ao setor em Por- tugal ”, considera Nicolau Santos. Essa aposta tem trazido resultados, e os primeiros “ já aí estão ”, adianta José Fragoso. “ Há atores portugueses que participam regularmente em séries in- ternacionais, há projetos de coprodu- ção com participação portuguesa que circulam por televisões e plataformas em todo o mundo, há um número crescente de produtores internacio- nais a procurar o nosso país e as equi- pas técnicas e artísticas nacionais para os seus projetos. Para uma evolução efetiva será necessário manter uma estratégia para o setor, reforçando os mecanismos de apoio existentes ”. rtp.pt
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