março 2023 DESTAQUE 11 Tiago Pitta e Cunha, administrador da Fundação Oceano Azul eólica offshore se ela for assente numa plataforma flutuante. Fomos pioneiros a nível mundial com o projeto Windfloat, que a AICEP acompanhou e que provou ao mundo inteiro que as plataformas flutuantes conseguem captar energia eólica, o que é relevante para um país como Portugal. A Comissão Europeia prevê que, a partir de 2030, haverá mais energia eólica produzida offshore do que em terra, e isso é importante para Portugal. Por isso, o Governo publicou recentemente os zonamentos de áreas onde pretende criar leilões internacionais para atrair investimento privado estrangeiro e desenvolver toda uma indústria de energia eólica offshore . Essa é uma área de em que o país deve apostar? Sim, e sublinharia também a área da bioeconomia, porque a Bioeconomia Azul vai ser extremamente importante para o desenvolvimento de Portugal. Somos um país muito rico em capital natural. A matéria-prima para esta área é a biodiversidade, que até hoje não foi suscetível de apropriação para retorno de investimento. Neste momento, com o desenvolvimento da indústria biotecnológica, a biodiversidade começa a tornar-se num ativo. É aqui que Portugal pode fazer a diferença. Por isso investimos na criação de uma plataforma digital para a Bioeconomia Azul com 100 parceiros nacionais, que vão desde as startups que a Fundação Oceano Azul, em conjunto com a Fundação Gulbenkian, tem vindo a apoiar, aos laboratórios e centros de investigação que se especializaram no oceano. Juntámos também grandes grupos económicos, o setor tradicional exportador da economia portuguesa, porque é fundamental criar a cadeia de valor, e conseguimos criar o Consórcio Inovamar para apresentar uma candidatura às Agendas Competitivas do Plano de Recuperação e Resiliência que foi vencedora e recebeu 94 milhões de euros para utilizar a Bioeconomia Azul para o desenvolvimento de polímeros, têxteis, produtos produzidos à base de algas, desenvolvimento de bivalves, alimentação humana ou alimentação animal. Quantas organizações tem essa plataforma e quais os objetivos? A plataforma envolve 83 empresas e grupos económicos. Foi criada na pandemia, em
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