aicep Portugal Global Grécia – Oportunidades e Dificuldades do Mercado (setembro 2017) Construção civil e Metalomecânica A retoma de alguns grandes projetos de infraestruturas congelados nos primeiros anos da crise económica, como por exemplo o aeroporto de Kasteli na cidade de Herakleio (ilha de Creta) e o Hellinikon (espaço do ex-aeroporto de Atenas, de 6,2 milhões m², que implica investimentos da ordem dos 5,9 mil milhões de EUR, num prazo de 15 anos), assim como a construção do gasoduto TAP – Trans Adriatic Pipeline e o lançamento de concursos públicos para a expansão de linhas do metropolitano de Atenas e de Salónica representam oportunidades para diversas empresas portuguesas. De referir que a SMM – Sociedade de Montagens Metalomecânicas SA assumiu recentemente a construção de um depósito de gás natural no “The Revithoussa LNG Regasification terminal”. Gestão de Resíduos e Águas Trata-se de uma área em pleno crescimento, sobretudo ao nível das autarquias locais, pretendendo muitos dos municípios usufruir dos fundos do QREN disponíveis para modernizar as suas infraestruturas e melhorar a sua eficiência no domínio da gestão de resíduos e águas. Podem consequentemente surgir oportunidades para empresas portuguesas com know how e experiência, tal como acontece com a Sotkon Portugal – Sistemas de Resíduos SA (contentores de lixo subterrâneos), a TNL SA/Winttec Portugal (contentores de lixo subterrâneos) e a S317 Consulting (águas). Energias Renováveis A Grécia, dadas as suas condições climatéricas favoráveis (mais de 250 dias por ano com sol e zonas com ventos fortes), tem potencial, ainda pouco explorado, no domínio das fontes de energia renováveis (solar e eólica). O grupo Martifer já se encontra instalado no mercado (criou a Martifer Solar Hellas SA para desenvolver parques fotovoltaicos), enquanto a ISW – Intelligent Services and Works, Lda, foi contrada para montar torres eólicas. Moda / Calçado Portugal, antes de a crise económica grega rebentar, era um dos principais fornecedores de calçado da Grécia. O enfraquecimento do poder de compra do consumidor grego e a concorrência dos países de mão-de-obra barata levaram muitos importadores locais a procurarem fornecedores em países terceiros (China, Vietname, Indonésia, Índia, Turquia). Tal como já referido, regista-se ultimamente e de forma discreta uma tendência de reversão desta realidade, existindo cada vez mais agentes económicos locais que, reconhecendo o dinamismo, a qualidade e o desenho moderno e sofisticado do calçado português, pretendem trabalhar com a indústria portuguesa. Em 2016, as exportações de calçado representaram 4,7% do valor total exportado para a Grécia, totalizando 5,9 milhões de EUR (+ 14,4% em comparação com 2015). Moda / Confeções Apesar de se tratar de um dos setores mais afetados pela crise, as exportações de vestuário de malha para a Grécia, até agora de pequena expressão, começaram a aumentar. Com efeito, em 2016, representaram 1,9% do valor total das exportações para este país, tendo atingido 2,4 milhões de EUR 6
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